quinta-feira, 19 de junho de 2014

CAPITULO 5 - AS IRMÃS RUBRO

Lucian Rubro estava na sua livraria na rua principal, ele estava no estoque da loja reservando os livros do primeiro ano de magia, que o seu amigo Joel Arbol pediu para reservar para uma nova e misteriosa aluna de Hastro. Ele estava bem relaxado enquanto procurava os livros,  quando a sua filha, Thalita Rubro, andava rapidamente em sua direção, ele ficou em silêncio até que ela disse:
- Pai! Você precisa ver o que tá passando no jornal de Hastro, é sobre as grandes famílias. Vem logo! 
Ela não deu tempo para o pai responder, ela pegou no seu braço e foi levando ele até o Hall de entrada da livraria, ela apontou o telão que havia na parede lateral.
Ele não acreditou no que viu, havia uma imagem de uma garota entregando um cheque e logo depois a foto de um cheque assinado por Cornelius Locky, na legenda estava escrito "ESSA É KATE LOCKY, A HERDEIRA DOS LOCKY", mas o que mais chamou a sua atenção foi a marca que havia no seu pescoço que era uma cruz e estava bem vermelha, o que indicava que a marcação era recente. Ela tinha cabelos negros e olhos verdes, a marca registrada dos Locky, ela tinha todas as características de uma Locky, Lucian não quis acreditar naquilo, ele estava virando um incrédulo.
Todos que estavam na livraria estavam perdidos no seus pensamentos, quando ouviram o barulho de livros caindo, estava vindo da entrada da loja, quando eles viraram para olhar para a entrada, todos ficaram com os olhos arregalados quando viram a garota e a reconheceram do jornal.
Nesse momento, Kate não sabia o que fazer todos estavam olhando para ela, mas o que mais chamou a sua atenção foi o homem ruivo que estava olhando para a marca no pescoço de Kate. O silêncio acabou quando o ruivo disse:
- Joel, o que você gostaria?
- Olá Lucian, vejo que vocês já sabem quem é ela - Disse ele apontando para o telão - Vim aqui com a senhorita Locky para comprar os livros necessários para os seus estudos em Ungry.
- É claro, venham eu vou pegar os livros.
Eles se aproximaram de Lucian Rubro, todos da loja ainda olhavam para Kate, mas ela não ligava para isso. Quando chegaram perto dele, ele falou:
- Prazer em te conhecer, eu sou Lucian Rubro e você deve ser Kate Locky, não é? - Disse ele apertando a mão dela.
- Sim, prazer em te conhecer também, senhor Rubro.
Quando ela terminou de falar, entraram na loja três garotas todas ruivas, mas de tons diferentes, Kate ficou pasma nunca tinha visto tantos ruivos juntos e o que mais chamou a sua atenção era que as três ruivas eram praticamente iguais a menina que estava do lado de Lucian.
- Filhas, que bom que chegaram! Essa é Kate Locky. Kate essas são Alice, Rosa e Isabelle e essa do meu lado é Thalita, elas são as minhas filhas - Disse Lucian - Meninas, vocês poderiam ficar com a Kate enquanto eu e Joel vamos pegar os livros para ela.
- É claro que eu e a minhas irmãs vamos ficar com ela - Disse Thalita.             Quando ela disse isso, Lucian levou Joel para o fundo da loja. As meninas ficaram olhando para Kate por mais um segundo depois que Lucian saiu em direção ao estoque. O silêncio reinou entre elas até que a menina com cabelos ruivos escuros e olhos azuis gelo disse:
- Então você é uma Locky. Venha se sentar ali, eu quero que você me conte tudo sobre você - Ela disse levando Kate para um sofá e uma poltrona do lado de uma pilha de livros.
Ela foi se sentou na poltrona, às irmãs Rubro se espremeram no sofá e ficaram olhando para Kate, às garotas com as madeixas ruivas mais escuras trocaram um olhar e uma falou:
- Uma Locky. Quem ia imaginar. Eu estou sem palavras. Nem sei onde começar à perguntar.
- Pare com isso, Isabelle! Ela fala se ela quiser, você vai dar uma má impressão para ela.
- Quem liga para isso, Alice - Disse Rosa.
- Vocês podem perguntar, se eu puder responder, é claro - Disse Kate.
- Tá bom, vamos começar com o básico. Qual é o seu nome completo? - Perguntou Rosa com desdém.
- É Kate Anne Philips Locky.
- Espera, você falou Philips? - Perguntou Alice.
- Sim - Respondeu simplesmente Kate.
- Vamos conferir se é quem a gente acha que é. Qual é o nome dos seus pais, nomes de solteiros?
- É Ana Philips e Cornelius Locky.
- Então foi com um Locky que a tia do Lucas se casou e abandonou Hastro - Disse Isabelle.
- Gente, parem com isso não foi para isso que eu deixei ela ficar com a gente - Disse Thalita.
- Ela deixou a gente perguntar à vontade, então temos que perguntar - Disse Rosa.
- Isso mesmo! - Concordou Isabelle.
- Ainda acho que essas perguntas vão dar uma má impressão para ela - Disse Alice.
- Vocês podem perguntar, eu estou achando vocês legais.
- Posso fazer uma pergunta? - Pergunta Isabelle.
- Claro - Responde Kate.
- O que é isso no seu pescoço? - Pergunta Isabelle.
- Vocês não sabem o que é isso? - Pergunta Kate apontando para o seu pescoço.
- NÃO - Responderam as quatro ao mesmo tempo.
- Isso é uma marca, quero disser é isso que explicaram para mim.
- Mas o que isso significa? - Perguntou Alice.
- Não me falaram, tem haver com morte e vingança.
- Nossa, isso parece meio cruel - Disse Alice.
- Ela é uma Locky, a crueldade, deve estar no seu sangue - Disse Isabelle.
- Ei, não é bem assim. Eu sei que o meu avô fez coisas ruins, mas isso não significa que eu seja uma pessoa cruel como ele - Disse Kate, mas depois que ela disse se arrependeu, ela se lembrou do que ela fez, as pessoas gritando, o cheiro de queimado e de como ela não se lembrava de que fez aquilo.
- Sabe eu realmente estou curiosa sobre você. Que poderes de especiais você tem, você é uma bruxa elemental ou do Sol e da Lua? - Perguntou Isabelle com maldade, tirando Kate do seu déjà vu, o pior era que Kate não sabia responder essa pergunta.
Kate ficou pensando por mais um minuto, enquanto as irmãs Rubro olhavam para ela com expectativa, querendo saber logo a resposta daquela pergunta, que a Kate não sabia a resposta, ela olhou para as garotas olhou bem para cada uma e disse:
- A situaç...
- Voltamos com os seus livros, senhorita Locky - Disse Lucian, interrompendo Kate enquanto ela falava.
Ela olhou para Joel que estava com uma pilha de mais ou menos 20 livros e ao seu lado estava Lucian e nos seus braços havia uma pilha de papeis amarelados com quatro cadernos e algumas canetas.
- Kate você poderia, pagar com o Lucian enquanto eu embrulho, por favor? - Disse Joel. 
- Meninas, depois conversamos mais. 
Ela saiu da sua poltrona, quando notou as pessoas ao seu redor ainda olhavam para ela,  mas ela fez exatamente o que Joel pediu para ela fazer, foi em direção para onde estava Lucian, era na outra lateral da loja onde havia um balcão com vários livros encima daquele balcão. 
- Senhor Rubro, quanto custou os livros? 
- Kate, com o desconto que eu lhe dei, deu no total 2 mil dobrões de ouro. 
- Aqui - Disse lhe entregando duas notas de mil dobrões.
Quando ela terminou o pagamento, ela estava indo em direção ao outro lado só hall da livraria, onde estava Joel, mas antes que pudesse ir, Lucian a pegou pelo braço, para que ela pudesse virar e olhar nos seus olhos e ele disse:
- Kate, eu quero que você saiba que eu estou de olho em você, eu sei que você é uma Locky e vai fazer de tudo para que a lenda vire verdade. Eu não confio em você, você vai precisar muito mais que esse rosto de criança inocente para me convencer e os Hastralianos que você é diferente dos outros Locky, ainda mais agora que você está marcada. 
Kate não sabia o que responder não sabia do que ele estava falando, o motivo por não confiar nela e principalmente a lenda que ele comentou, essa não é a primeira vez que  essa lenda está envolvida com ela ou os Locky. Mais uma vez ela não sabia como responder, fez a primeira coisa que veio na sua cabeça tirou a mão dele do seu braço com bastante violência e disse:
- Eu não sei do que você está falando e eu não pedi a sua confiança. E agora eu vou embora, e eu espero que o senhor me trate melhor na próxima vez que nós nos encontrarmos. 
Quando ela falou isso a expressão do rosto de Lucian foi de surpresa, mas ela não quis olhar para ele,  deu as costas para ele e por um instante procurou Joel. Olhou o ambiente por mais um minuto e encontrou ele conversando com as irmãs Rubro e ela foi para lá, Kate disse para Joel que já havia pago e se despediu das irmãs prometendo responder a pergunta na próxima vez que se encontrarem. 
Depois que eles saíram da livraria andaram mais alguns em silêncio até que ela disse:
- As irmãs Rubro perguntaram sobre a minha marca e também perguntaram que tipo de bruxo eu sou, você poderia me explicar isso?
-Sobre a marca não, Noel disse que o senhor Orion vai explicar, mas sobre os tipos de bruxo sim. 
- Você poderia me explicar? 
- Os bruxos são divididos em duas espécies, os bruxos elementais e os bruxos do sol e da lua - Explicou Joel. 
- Qual é a diferença entre eles? 
- O bruxo elemental manipula os seus poderes através dos elementos e o bruxo do sol e da lua através do sol e da lua. 
- Nossa, mas nós estamos no subsolo como eles usam os seus poderes sem conseguir ver o sol ou a lua. 
- Quando criaram Hastro, criaram várias passagens para que esses bruxos pudessem sentir o seu poder, olhar a sua luz, mas não é a mesma coisa que ficar lá em cima, quando eles vão lá pra cima ficam mais fortes. 
- É você, Joel, é que tipo de bruxo? 
- Elemental como a maioria da população. Eu acho os bruxos do sol e da lua excêntricos. 
- É eu que tipo de bruxo eu sou? 
- Elemental, provavelmente. 
Kate ficou em silêncio, Joel tinha voltado diferente da livraria parecia mais distante e ela achava que sabia o motivo disso, provavelmente Lucian disse alguma coisa para ele. Eles continuaram em silêncio e ela deixou que ele à guiasse pela rua principal. 
- O que você achou das irmãs Rubro? - Perguntou Joel, quebrando o silêncio. 
- Elas são interessantes, achei que a Thalita e a Alice são boas, a Isabele e a Rosa achei elas meio cruéis. 
- Você teve um julgamento certo, mas não confie 100% nelas, talvez na Thalita, mas nas outras não, elas têm uma linhagem para defender, como você. 
Kate não disse nada, apenas esperou para ver, para onde eles estavam indo agora. 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

CAPITULO 4 - A DESCOBERTA - PARTE 2


Logo após ela aparecer, ele alargou o sorriso no rosto ao notar a menina a sua frente vou   lte. Ela era do jeito que ele a imaginava, com sedosos cabelos negros e longos e com brilhantes olhos verdes e com uma pele clara corada apenas no rosto pelo sol. Pelas roupas ela parecia ser uma menina revoltada pela a sociedade parva.
            Mas era algo de se imaginar afinal das contas ela era uma Locky uma pessoa por si só, diferente do normal. Mas para ele ser diferente era bom, mostrava que eles seriam bons amigos. O silencio reinou entre eles até ele disser:
            - Oi, o meu nome é Joel Arbol e você deve ser Kate Locky, estou certo?
            - Errr... Você esta certo sim, senhor Arbol.
            - Bom saber disso, Noel acabou de mandar uma mensagem falando que não pode acompanhar você pela cidade então eu vou te acompanhar. Há algum problema nisso?
            - Não senhor – Respondeu Kate com a maior educação possível.
            - Você pode me chamar de Joel.
            Eles ficaram andando por intermináveis minutos ate que Joel Arbol, começou a explicar á ela que é professor de “feitiços e encantamentos” em Ungry e que Hastro é dividida em varias cidades e que eles estavam na capital que era chamada de Toba em homenagem aos criadores de Hastro.
            - E para onde nos estamos indo? – Perguntou Kate.
            - Estamos indo para a praça central da cidade, que se chama Lasgro em homenagem aos criadores de Hastro.
            - E quem foram os criadores de Hastro?
            - Você não sabe?
            - Fui criada como uma parva. Não sei nada sobre Hastro.
            - Então no caminho vou lhe explicar tudo que você precisa saber.
            - Obrigada.
            - Em 2001 A.C bruxos e parvos viviam juntos e essa convivência não era fácil, eles estavam sempre em combate. Até que Otelo Griffons, Telmo Rubro, Baltazar Locky e Abel Seff os quatro maiores bruxos da época, eles resolveram que bruxos e parvos deviam viver separados, eles fizeram varias pesquisas. Ate descobriram que podiam vivar no subsolo, fizeram varias obras e começaram a viver lá.
            - E como era o governo naquela época?
            - Cada família liderava algo em Hastro. Os Seff’s administravam Hastro, os Griffons’s cuidavam da segurança, os Rubros’s cuidavam das finanças e os Locky’s cuidavam do povo e de toda a estrutura de Hastro.
            Kate não havia notado, mas ao olhar para cima viu que o céu era claro e com nuvens e lá tinha a visão de um lustroso sol que brilhava intensamente. Ela ficou pasma, pois eles estavam no subsolo como poderiam ter a visão perfeita do céu?
            - A imagem do céu é um feitiço permanente, por trás dessa imagem há várias coisas que suportam a nossa vida no subsolo.
Eles continuaram andando pela cidade, Kate ficou admirando a cidade, todas as casas eram velhas e com bastante vidro formando um padrão, mas tinham várias cores eram bastante coloridas,  o clima de Hastro era meio frio, Kate ficou cada vez mais admirada por estar naquele lugar. 
Ela saiu do transe quando Joel começou a falar:
             - Bom chegamos, estamos em Lasgro agora.
            Kate ao ouvir Joel falar começou á reparar no ambiente ao seu redor, estava em uma secundária que dava para uma rua principal, olhando bem Kate percebeu que a rua principal dava para um lugar. Ela andou até a rua principal, com Joel ao seu lado, ela ficou admirando a rua ela era grande, bastante larga e havia varias fachadas que pareciam ser lojas de diferentes tipos. Joel se aproximou mais de Kate e disse:
            - Vamos, para a praça depois nós vamos nos aventurar pelas travessas.
            Logo após comentar isso, ele guiou Kate pela rua principal. Ao sair da rua ela, não acreditou no que viu. A praça era um circulo, ao seu redor tinha uma cerca de um metro feita de ouro, a cada 5 metros tinha uma abertura para as pessoas passarem, era quatro aberturas ao total, dividindo a praça em quatro partes, dentro da praça tinha um gramado perfeitamente aparado, em cada uma das partes havia flores de cores diferentes, e em cada uma das aberturas tinha um caminho feito de pedras cinza bem escuras, que levavam para o centro da praça.
            - Essa praça tem muita historia, alem do fato de ser a praça central de Hastro – Disse Joel.
            - E essa praça é usada para que?
            - Cerimônias do governo, cerimônias em homenagem as grandes famílias e os criadores de Hastro, e principalmente execuções.
            - Que tipo de execuções?
            - Pena de morte.
            - Foi aqui que o meu avô morreu?
            - Sim, ele foi a ultima pessoa a ser executada.
            Joel foi guiando Kate para dentro da praça, ela notou no mesmo instante o que havia no centro da praça pedestal arredondado de pedra preta, com tamanho suficiente para duas pessoas ficarem em pé nele de forma confortável.
            - Foi nesse pedestal que Tom Locky morreu – Disse Joel só para Kate escutar.
            - E porque não tem ninguém aqui? – Perguntou Kate ao notar que ninguém estava na praça, e sim andando ao seu redor.
            - Eles não gostam de vir aqui, eles falam que lembra as coisas más que as grandes famílias fizeram, para mim isso é uma besteira.
            - E que são as grandes famílias e o que fazem essas famílias especiais?
            - Você foi mesmo criada como uma parva. As grandes famílias são as famílias de bruxos mais poderosas de Hastro. Elas são os Griffons, Rubro, Seff, Philips, Orion e os Locky.
            - Legal. E cada cor de flores dessa praça significa?
            - Cada cor é para uma família dos criadores de Hastro. Azul para os Griffons, vermelho para os Rubro, verde para os Seff e roxo para os Locky.
            - Adoro esse tipo de curiosidades – Disse Kate.
            - Você para mim esta muito curiosa. E agora eu acho melhor a gente ir embora, os hastralianos estão olhando demais para cá, acho que estamos chamando muita atenção.
            Ao terminar de falar isso para Kate, ela começou a reparar nas pessoas ao redor da praça elas passavam pela praça e ficavam olhando para eles com bastante curiosidade. Joel começou a guiar ela para fora da praça. Eles saíram da praça e voltaram para a rua principal
            - Agora, nós vamos para o banco eu tenho um cheque para descontar – Disse Joel, mostrando para Kate um cheque assinado pelo o seu pai, Cornelius Locky.
            - Onde você conseguiu esse cheque? – Perguntou Kate analisando o cheque que estava em suas mãos.
            - Foi Noel que mandou para mim logo depois que você passou pelo portal.
            Kate praticamente ignorou as palavras de Joel Arbol e ficou analisando o cheque, estava datado do dia anterior quando Kate saiu da casa dos seus pais, a assinatura do seu pai Kate sabia de cor e aquela era igual, ela apenas acho o valor do cheque baixo era apenas mil dólares.
            - Nossa esse valor vai dar, são apenas mil dólares.
            - Vocês parvos não tem noção de dinheiro, mil dólares aqui em Hastro equivale a 50 mil dobrões de ouro.
            - Nossa isso parece ser muito dinheiro.
            - É muito dinheiro, são dois salários meus como professor.
            Eles pararam de conversar quando estavam em frente de um prédio cinza escuro, com a fachada reta sem nada, com exceção da porta de vidro fosco escuro e nele estava escrito “BANCO DE HASTRO” com as letras em branco. Eles entraram no banco, lá dentro havia apenas uma fila pequena com apenas cinco pessoas na sua frente, o atendente era um rapaz jovem e alto. Kate e Joel ficaram em silencio na fila. Até que o atendente disse:
            - Próximo, o que a senhorita deseja? – Perguntou para Kate com mau humor, ela entregou para ele o cheque.
            - Nós vamos descontar esse cheque e queremos transformar o dólar para dobrão – Disse Joel, mas quando o atendente viu assinatura ele arregalou os olhos.
            - Há um problema com esse cheque, essa pessoa não pode existir.
            - É claro que ele existe ele é o meu pai – Disse Kate
            - Não pode ser.
            - É só conferir o cheque, garoto – Disse Noel com desdém.
            Ao ouvir falar isso, a primeira coisa que o atendente fez foi conferir se aquele cheque era verdadeiro, na primeira passagem deu que ele era verdadeiro, na segunda também, e na terceira também, ele não quis acreditar no que viu, essa era a prova que a lenda de Tom Locky era verdadeira e que a linhagem dos Locky não tinha acabado e que eles fizerem o que a lenda diz esse seria o fim de Hastro, mas ele não quis acreditar naquilo e sim que milagres existem que aquela Locky não faria isso.
            - O cheque é verdadeiro e tem fundo, agora eu vou descontar e descontar os serviços e dar o resto de valor em dobrões – Disse o atendente.
            - Viu, o cheque e a pessoa existem – Disse Kate com sarcasmo.
            O atendente começou a pegar os dobrões para dar para aquela garota, ele ainda não acreditava no que estava vendo tem vários Locky que estão vivos, nesse meio tempo ele pensou em uma forma de ganhar dinheiro com aquilo, enquanto o dinheiro era retirado do cofre central do banco, ele tirou uma copia do cheque e mandou ela em um telegrama para o jornal de Hastro agora era só esperar a sua recompensa, ao pensar nisso deu um belo sorriso.
            - Aqui tem 48 mil dobrões de ouro, os dois mil dobrões de ouro são a taxa de serviço.
            - Obrigada – Disse Kate com um sorriso falso no rosto, pegando a pequena bolsa no balcão.
            Ao sair do banco ela e Joel andaram pela rua principal em silencio e ele levou ela ate uma loja com a fachada em vermelho e com detalhes em cinza e estava escrito “LIVRARIA RUBRO” ela ficou olhando para fachada e quando ela leu o nome daquele comercio lembrou na mesma hora o nome daquela família de algum lugar.
            - Esse nome Rubro é de uma das grandes famílias? – Perguntou Kate.
            - Isso mesmo!
            E nesse momento eles entraram na livraria, nela tinha poucas pessoas, mas quando eles entraram a primeira coisa que eles repararam foi no telão que havia na parede lateral da livraria, naquele telão mostrava uma copia do cheque, e uma imagem de Kate no banco entregando o cheque para o atendente, logo abaixo dessas imagens estava escrito “ESSA É KATE LOCKY, A HERDEIRA DOS LOCKY”.
            Kate não acreditou no que estava vendo, para os habitantes de Hastro essa era a descoberta do século, que havia outro Locky vivo. Ela ficou olhando para o telão por mais um segundo, mas quando ela foi dar mais um passo para frente ela esbarrou em Joel, ele acabou deixando cair uma pequena pilha de livros. Com o barulho todos que estavam na livraria olharam para a entrada e arregalaram os olhos quando viram Kate e a reconheceram do jornal.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

CAPITULO 4 - A DESCOBERTA - PARTE 1


Noel Tomasio estava na frente da casa dos Locky, esperando a futura aluna de Ungry, ele estava inquieto em relação a sua ultima conversa com o seu mestre sobre os Locky. Não sabia se ia ser diferente a reação dela ao saber dos horrores que o seu avô fez para toda Hastro, mas sabia que teria que contar para ela.
            Noel chegou mais perto à porta, meio tremulo bateu e esperou a resposta, no menos minuto Kate abriu a porta animada, aparentava que o estava esperando, há muito tempo. Noel entrou na casa dela foi direto para sala onde Cornelius e Ana estava lendo o jornal. Então Noel disse:
            - Senhor e Sra. Locky vim buscar a sua filha.
            - Pensei que esse dia nunca chegaria – Disse Cornelius fechando o jornal e chegando mais perto de Kate.
            - Mas chegou e eu escolhi ir para lá – Comentou Kate com sarcasmo para o pai.
            - Vá, mas não diga que eu não avisei aquele mundo não é para você – Disse Cornelius ajudando Kate com o seu violão e a sua mala.
            Kate se aproximou dos pais que estavam na soleira da porta, agradeceram á eles e se despediu, e seguiu Noel ele estava apressado parecia que estava atrasado. Noel naquele dia parecia um executivo estava de terno, cabelo penteado e barba feita, ao contrario do dia anterior.
Eles seguiram caminho por New Vicente as pessoas na rua olhavam os dois conheciam muito bem Kate pelo noticiário, deviam estar pensando alguma besteira para onde eles estavam indo. Noel pediu para Kate se apressar e seguiram caminho, depois de alguns minutos estavam os dois na rodoviária, que era um lugar nojento vivia muitos mendigos por lá, e poucos ônibus passava por New Vicente depois da construção do aeroporto. O silencio predominava até que Noel disse:
            - Estamos indo para o subterrâneo, é melhor você se apressar se quiser não ser notada, pelos parvos – Disse Noel impaciente.
            - Como assim parvos?
            - Quem não tem poderes, quem não sabe conjurar os elementos, aquele que vive uma vida sem magia, que vivem na superfície.
            - Meus pais são parvos?
            - Eles escolheram ser.
            E assim acabou a conversa entre o zelador de Ungry e Kate. Eles cruzaram a rodoviária, para a ala de viagens internacionais que estava vazia com apenas um ônibus velho parado e vários comerciantes conversando com funcionários daquele lugar. Então andaram mais um pouco até a área de acesso só para funcionários, passaram por uma porta entreaberta e nem foram notados desceram um turbilhão de escadas que pareciam não ter fim Quando desceram mais uma escadaria eles foram para a esquerda onde havia outra porta, e nela estava escrito em dourado “HASTRO”.
            Mas quando cruzaram aquela porta, não havia nada de diferente era apenas uma sala pequena com uma mesa simples e algumas cadeiras cinzentas. Kate não entendia como aquela pequena sala poderia ser a entrada para o imenso mundo subterrâneo de Hastro. Até que Noel disse:
            - Bom, tem algumas coisas que você precisa saber antes de entrar em Hastro.
            - Que tipo de coisas?
            - Sobre o seu avô.
            - Continue eu quero saber.
            - A família Locky é conhecida por ser muito má, o seu avô é conhecido como o mais malvado.
            - E o que mais? – Apressou Kate para continuar.
            - Tem certeza?
            - Tenho.
            - Ele era um jovem genial, ganancioso, e muito poderoso. Tinha vários parceiros e queria chegar ao poder de tudo em Hastro. Ele foi acabando com os seus inimigos aos poucos para não ser acusado, quando estava preste a ser o ministro de Hastro ele foi à busca de riqueza, tentou roubar um tesouro muito valioso, mas descobriram os seus crimes e condenaram a pior pena.
            - Noel, continue qual foi a pena?
            - Pena de morte.
            - E quem o denunciou?
            - Dani Seff o denunciou quando descobriu que Tom Locky matou o seu pai.
            - E ele morreu?
            - Sim e têm mais, todos os Hastralianos juraram não aceitar outro Locky.
            - Só isso?
            - Tem mais, só que eu não sou a pessoa certa para falar para você.
            - E quem é? – Perguntou Kate tentando entender aquela historia.
            - Talvez Wrile Orion. Mas eu não.
            Então essa era a descoberta de Kate era neta de um gênio do mal e herdeira dessa mesma fama. E pensar que ela achava que em Hastro, a sua fama seria diferente, algo impossível quando se trata de um Locky.
            Quando a conversa entre Kate e Noel acabou, todos ficaram em silencio por um bom tempo. Até que Kate disse:
            - Bom Noel, quando vou conhecer Hastro?
            Noel não acreditou no que a menina disse, depois dele disser quase tudo sobre o avô dela e como os Hastralianos reagiriam com a vinda dela ela quis seguir em frente e ir para Hastro. Mas, pensar de novo começou a entender a garota afinal aquela era a historia dela.
            Ele caminhou até o final da sala, e passou as pontas dos dedos sobre a parede, bem em cima da marca de tijolos, ele com os dedos na parede fizeram uma estrela de quatro pontas, a parede começou a tremer. E aos poucos a parede desapareceu e apareceu simplesmente uma longa e grande porta de aço.
            Noel pegou o violão e a mala de Kate e atravessou a porta. Kate fez o mesmo ao passar viu apenas um clarão segundos depois ela estava dentro do que parecia ser um hotel. Lá era obscuro tinha no que parecia ser a recepção lá tinha poucos moveis apenas o balcão, um sofá empoeirado com uma mesinha de centro de vidro que estava rachada, a atendente parecia estar ocupada lendo um livro, e nem percebeu a chegada dos dois. Até que Noel disse:
            - Oi, Denise tudo bem? – E a moça parou de ler o livro e deu um longo sorriso.
            - Noel, pensei que não viria mais – Denise olhou para o lado e viu Kate – E quem é ela?
            - Denise essa é Kate.
            - Kate, você eu não conheço, qual é o seu sobrenome?
            Kate se forçou para não ficar pálida não queria responder o seu nome, mas sabia que aquilo é necessário. Ela mal sabia onde estava, mas sabia que Noel por estar lá, era o lugar certo. Tomou coragem e disse:
            - É Kate Locky. – Ela tentou falar sem demonstrar qualquer sentimento – E o seu?
            - Não acredito você é uma Locky, estudei tanto atrás de um.
            - Como?
            - Você é uma lenda por estar viva! – Disse Denise nervosa e rapidamente – Quero saber tudo sobre você.
            Kate ficou sem reação como alguém poderia adorar uma descendente de uma família que é considerada a pior de uma região inteira, uma família e que todos os cidadãos de Hastro ficaram aliviados ao saber o fim daquela linhada.
            Noel percebendo o rumo que a conversa estava tomando, resolveu intervir. E disse:
            - Senhorita Laven, depois você pergunta para ela tudo que você quiser quando ela estiver em Ungry.
            - Tá bom, o que você quer aqui?
            - Primeiro dois quartos para uma noite, a chave do portal e que não perturbe a Kate e a leve com você para Ungry. E por ultimo não conte a ninguém quem é ela. Okay?
            - Bom, faço isso. Mas, não posso levar ela para Ungry, à noite antes das aulas é só para professores.
            - Eu sei disso, tenho autorização do Wrile para fazer isso. Agora preciso das chaves dos quartos?
            Denise pegou duas chaves que estavam debaixo do balcão, e junto com elas vários papeis, pediu para Noel para que ele assinasse e logo depois ele pagou a hospedagem. Ele e Kate pegaram as suas coisas e seguiram para a única escada que havia lá, cujos degraus eram irregulares e pretos pareciam que estavam bem sujos. Depois de passarem por cinco andares viraram para o corredor. E Noel disse:
            - O seu quarto é o 516, vou estar no quarto 518 se você precisar de mim.
            - Quem é ela?
            - O seu nome é Denise Laven professora auxiliar de historia subterrânea, passou a vida estudando as grandes famílias principalmente os Locky.
            - E de que lenda ela estava falando?
            - Não sou a pessoa certa para falar sobre isso.
            Ele olhou bem para ela e quase sem coragem e Noel começou a falar:
            - Já disse o Sr.Orion vai lhe contar tudo quando chegar a Ungry.
            E nisso ele entregou para ela a chave e nela o chaveiro escrito 516. Calmamente os dois seguiram até os seus quartos. Noel colocou tudo que era de Kate no quarto dela e pediu para ela descansar que amanhã sairiam cedo para as compras.
            O quarto de Kate era comum havia uma cama uma geladeira e o banheiro. Ela se sentou na cama, não havia nada de estranho no seu como imaginava que seria esse mundo. Ela pensou em tudo, mas somente queria correr atrás do que era dela.
            No dia seguinte Kate já estava acordada quando Noel foi a chamar para ir às compras, ela vestiu a roupa que mais gostava um jeans azul escuro e uma camiseta escura e seu novo Converse preto.
            Saiu às pressas do quarto, e foi direto para o quarto de Noel que era praticamente do lado do dela, se viu diante da mais difícil situação conhecer o lugar onde todos a odeiam e que mataram o seu avô.
             Ela tomou coragem bateu na porta do quarto de Noel. Ele abriu a porta do seu quarto e estava vestido com jeans, botas e camiseta desbotada, ele parecia mais uma adolescente se não fosse pela barba e pelas rugas que marcavam o seu rosto como uma pessoa muito mais velha.
            Eles saíram do quarto em silencio não falavam nada um para o outro. Caminharam ate uma porta que tinha no fim do corredor, à porta era de madeira e estava gasta. Noel abriu a porta com que parecia ser uma chave de prata.
            Ao abrir a porta, ele a fechou novamente, olhou fixamente para Kate e disse:
            - Bem, Kate essa é a porta para a verdadeira entrada para Hastro, a primeira coisa que tem que fazer é não fazer nada sem a minha permissão. Eu vou pedir para você pular então pule não sinta medo. E por fim aproveite a viagem.
            - Porque esta sendo sarcástico?
            - Gosto de ver parvos nessa situação.
            - Acho que precisam revisar isso. – disse Kate.
            - Chega de brincadeiras. Você e eu precisamos passar pelo portal.
            Ao falar isso Noel automaticamente abriu a porta e Kate ficou pasma ao ver aquilo. Ali tinha um penhasco com varias pedras pontiagudo e parecia não ter fim. Tinha fumaça no final da sua visão. Kate vendo aquilo ficou com medo, mas para acalma-la Noel disse:
            - É só uma ilusão de ótica nada disso existe, ao pular você entra na porta que vai leva-la para o centro de Hastro.
            - É seguro?
            - Claro. Deste que você não se jogue de cabeça.
            - Por que você acha que eu vou fazer isso.
            - Só queria ser engraçado.
            - Mas não teve graça. - disse Kate.
            - Olha, não temos tempo. Então pule logo.
            Kate não respondeu. Estava pensando nas possibilidades dela morrer pulando daquele penhasco, mas penso também que aquilo ser verdade a historia do seu avô ser uma pessoa muito malvada, fazia dela também malvada e ela não queria ser isso.
            Kate se viu diante a decisão que mudará o seu futuro.
            Ela olhou para Noel que retribuiu o olhar de dúvida. Ela fez seu ultimo pensamento e fez a sua escolha. Então ela disse:
            - Onde eu vou sair se eu pular?
            - Na casa de um professor de Ungry.
            - Esse professor é confiável... Sei lá, ele pode não gostar do meu avô.
            - Pode ter certeza ele é muito confiável, ele adora Tom Locky, principalmente pelo fato dele criar o grachi.
            - Graxi?
            - Não, é grachi. É um feitiço que verifica se a pessoa tem algum vírus, ferimento ou doença e mostra o tratamento mais eficaz e de rápida cura.
            - Ele criou isso e ainda é dito como uma pessoa má.
            - Bem, ele usou isso para o mal- disse Noel. – Agora você tem que pular o penhasco.
            Kate não respondeu Noel, ela olhou outra vez para o penhasco, pensou na possibilidade de morrer devido à queda, mas, isso valia a pena se for para descobrir a verdade sobre a sua família e a verdade por traz do seu destino como todos dizem, era essa verdade que ela procurava e que tinha que achar por bem ou por mal, pelo seu futuro e de sua família dependia da sua decisão de seguir em frente ou simplesmente desistir de tudo agora.
            Ela estava atordoada pensando na sua decisão, no entanto ela sabia o que fazer olhou para Noel que pareceu entender qual seria a sua decisão e ele trocou um olhar de simpatia e ela disse:
            - Lá vamos nós!
            Ela simplesmente pulou. Da mesma forma que pula uma piscina olímpica, Kate pareceu mostrar toda a sua habilidade em pular e tentou ficar viva achando que aquilo a mataria.
            Quando ela se deu conta estava ainda no ar viu a imagem do penhasco virar pó, tudo ao seu redor ficou apenas em vários tons de cinza e azul. Passou alguns segundos e quando ela teve coragem de olhar estava na soleira de uma porta, mas a casa que ela via era totalmente diferente que qualquer coisa de New Vicente.
            A casa era uma mistura do velho com o novo. Era totalmente aberta com janelas de vidro fosco, a casa era muita clara com as paredes de um rosa claro e imponente, a porta era de madeira vermelha e fosca como um tom envelhecido que combinava com a decoração de toda a fachada, deixando a casa ainda mais bonita.
            Quando Kate ia bater na porta ela se abriu mostrando a imagem de um homem baixo com uma pequena barba se formando ele era pálido e tinha penetrantes olhos castanhos claros que combinavam com a seus oleosos cabelos grisalhos, tinha uma aparência que mostrava confiança.
         

quinta-feira, 5 de junho de 2014

CAPITULO 3 - A LENDA É VERDADEIRA

Os corredores de Ungry estavam vazios somente Wrile Orion, se encontrava lá no seu escritório, fazendo analise do plano de aulas do primeiro trimestre. Quando passou para o próximo relatório, veio em sua direção uma figura tremula, era apenas Noel Tomasio.
            Enquanto ele recuperava a respiração, Wrile o olhava fixamente e disse:
            - O que aconteceu? – bufou ele.
            - A lenda é verdadeira, existe um herdeiro de Tom Locky – Disse ele animado.
            - Eu sei o nome dela é Kate Locky.
            - Mas como o senhor sabe?- perguntou Noel.
            - Fui eu que mandei a carta para ela.
            - Mas, eu pensei que ninguém soubesse – Disse Noel.
            - Eu prometi para o avô dela que ela viria para Ungry.
            Assim cessou a conversa entre o mestre de Ungry, e seu grande amigo Noel Tomasio. Wrile Orion a pessoa mais misteriosa de Hastro, Wrile berrava os cinquenta á sessenta anos, mas a sua aparência indicava bem mais, quando jovem teve como tutor Tom Locky, Dani Seff, Vine Rubro e Alec Griffons, tinha tudo para ser uma pessoa má, mas o destino o fez a pessoa mais respeitada de Hastro, há quem diz que ele esta a procura de um herdeiro há anos e que venera Tom Locky em segredo, mas é só especulação a verdade ninguém conhece.

            Noel Tomasio olhava para o seu chefe em seu escritório privado, com mobília do século dezoito, e carpete persa. Enquanto Noel o observava, Wrile pensava em como seria dali para frente, com um Locky, no seu colégio sabia que teria revolta, briga e até desejo de vingança, mas era algo que a pobre menina teria que passar se quiser descobrir o seu horrível destino que lhe espera á mais de quarenta anos.

CAPITULO 1 - VOCÊ ESTA MARCADA

Amanhecia em New Vicente a paisagem estava nublada e tensa. Na casa da família Locky, Cornelius arrumava o seu escritório haveria um dia cheio de reuniões na sua empresa, ele conferiu o correio e havia algumas cartas para sua filha Kate, talvez de amigos ou familiares e nesse momento Cornelius se lembrou de acordar a sua filha. Subiu a escada correndo, virou o corredor e abriu a ultima porta, era o quarto de Kate a decoração era feita de pôsteres de suas bandas favoritas. Então tirou o fone do ouvido dela e disse:
            - Querida acorde, hoje é seu dia!
            - Pai, que dia é hoje mesmo?
            - Você sabe que é o seu aniversario.
            - Pai, precisa me lembrar, você sabe que eu queria esquecer essa data - Disse Kate bem brava com o seu pai.
            Cornelius já havia saído do quarto, então Kate foi para o banheiro e no home theater tocava Nirvana. Após o banho foi para o closet pegar a roupa da escola nova. O Colégio Drummom para meninas o único que aceitou ela depois de ser expulsa de Chernobyl. Kate se vestiu correndo, depois pegou a bolsa que estava debaixo da cama, colocou nela exemplares dos seus livros favoritos, saiu do quarto e foi em direção à cozinha onde sua mãe Ana e seu pai Cornelius a esperavam.
            - Oi mãe – Disse Kate.
            - Ah, querida feliz aniversario- Disse Ana contente.
            Kate se se sentou à mesa, jogou bolsa no chão, e começou a tomar o café da manhã. Os seus pais a observaram parecia querem adivinhar o seu próximo passo, o que era de se entender, depois do que ela fez para a cidade a odiar. Então Kate disse:
            - Pai, você ta bem?
            - Querida, só estou pensando nos negócios, só isso.
            - Não parece.
            - Só estou pensando se deixo você ir ao cinema com as suas amigas.
            - Você vai deixar?
            - Vou, mas nada de encontrar o Mark.
            - Pai, ele é o meu namorado você goste ou não, e é só meninas.
            Kate e Mark eram namorados á oito meses, se conheciam á um ano logo depois dela ter saído do reformatório. Foram ficando próximos eram amigos acima de tudo o namoro foi apenas uma consequência da amizade. Cornelius nunca aceitou aquele namoro achava que eles estavam acabando com eles mesmos.
            - Tá bom, quer uma carona?
            - Vou querer sim!
            - Não se esqueça de pegar a correspondência.
            Kate a caminho a garagem pegou as suas cartas, e as colocou na mochila, saiu da casa para o anexo onde Cornelius guardava os seus automóveis. Dentro da garagem tinha uma Lamborghini, um carro de passeio, e dois carros da empresa de Cornelius á LY/SA. Kate entrou no carro de passeio logo em seguida o seu pai que dirigiu o carro até a escola Drummom.
            Mas o carro foi para o outro lado e Kate ficou preocupada, então perguntou:
            - Pai onde estamos indo?
            - Vou deixar você primeiro escolher o seu presente de aniversario?
            - O que. Você vai dar um violão novo para mim?
            - Vou sim.
            Então foram para a loja de instrumentos musicais onde ela escolheu um violão folk, voltando para o carro percebeu o quanto o seu pai se preocupava com ela apesar, dela ter destruído negócios importantes para Cornelius. Sem percebe Kate chegou para a sua nova escola.
            Ela saiu do carro tentou entrar na sua nova escola que provavelmente conheciam a sua nova fama, de burguesinha, delinquente e outras coisas do tipo. Kate fingiu entrar na escola, foi para o bar que tem na mesma rua e se trocou lá. Pegou um taxi e foi para um dos galpões abandonadas da empresa LY/SA, onde ela se estabeleceu durante anos, para ficar longe da família, e poder pensar.
            Ela entrou no galpão, ascendeu às luzes, o galpão era obscuro por causa dos pôsteres das suas bandas favoritas e a decoração era toda medieval. Tinha apenas duas mesas uma com um notebook e impressora, a outro com um forno elétrico e frigobar.
            Kate sentou no pequeno sofá pegou da sua bolsa e tirou daquele lugar e viu as cartas caídas no chão, pegou as pequenas cinco cartinhas, e resolveu ler. A primeira era a segunda via da sua expulsão de Chernobyl.
            O Reformatório para Jovens Chernobyl era o terror para qualquer jovem que era bandido ou se metia em encrenca, e lá era mais uma clinica psiquiátrica do que um reformatório para jovens delinquentes eles dopam os internos para ficarem quietos e às vezes quando o remédio não fazia efeito, colocavam os internos em uma sala fechada sem nada, só saiam dali depois de pagar um tempo mínimo. Após seis meses de luta judiciais para provar que Kate não era louca, ela procurou a sua própria maneira de sair ameaçou enfermeiros e detentos e provocou o diretor, até ele dar para ela a expulsão e assim ela conseguiu sair de lá.
E então Kate abriu a segunda era um cartão de “feliz aniversario” da sua tia-avó. A terceira era um envelope azul bem claro, com um único desenho de um dragão com uma espada na boca. Ao abrir encontrou escrito:

         Prezada Kate Anne Philips Locky,
         Você foi aceita na Escola Ungry. Você terá a visita de Noel Tomasio para te ajudar nas compras dos materiais necessários para os estudos da magia, gostaríamos de também notificar que você por ser a herdeira de Tom Locky vai receber o premio que ele iria receber antes da sua morte.
         E comunicamos que o problema que vai sofrer em Ungry devido a sua descendência será tratado como violência e os culpados serão punidos.
         Atenciosamente, Wrile Orion. 
                                      O diretor

Quando terminou de ler Kate ficou pasma nunca ouviu falar dessa escola, e o pai dela nunca falou do seu avô. Mas quando parou para pensar, achou que era uma gozação, acabou guardando a carta na sua agenda sem se importar com as palavras de Wrile Orion. Abriu a outra carta era apenas um cartão de “FELIZ ANIVERSARIO” do seu namorado. Abriu a ultima carta o envelope era cor de rosa bem claro, o remetente era de um banco. E estava escrito:


Caro(a) Kate Anne Philips Locky,
    Nós do banco Bristol temos a missão de entregar a você a sua herança deixada pelo o seu avô Tom Ernest Orge Locky. Venha o mais rápido possível reivindicar os seus pertences.
    Basta passar na recepção e entregar a chave para a secretaria, ela lhe indicara o caminho para o cofre, não se esqueça de pegar a chave de volta não aceitamos reclamações posteriores.
Obrigado(a), Patrick Maison.


Ao terminar de ler ela pensou “Que merda de banco é esse?” então começou a mover o envelope e encontrou uma chave com o nome LOCKY gravado nele, provavelmente o brasão da sua família encontrou no envelope um endereço provavelmente do banco. Kate tinha tantas duvidas não sabia o que fazer, a única coisa que pensou foi procurar o banco na internet. Foi até o seu notebook abriu o buscador e procurou o banco Bristol e não achou nada aproveitou oportunidade para abrir o seu e-mail onde tinha apenas uma mensagem de remetente anônimo então leu e estava escrito:

        Prezada Kate Locky,
         Você foi aceita no Colégio municipal para meninas de Hastro para cursar os cursos básicos de magia. Você terá a ilustre visita de Joel Diggle vice-diretor do programa de talentos mágicos com a colaboração da Escola Ungry estamos esperando a sua reposta.
         Carinhosamente,
         Joel Diggle.


        Kate se assustou ao ler essas palavras quem diria que existe uma escola de magia, e que no mesmo dia ela foi aceita em duas diferentes escolas de magia parecia que ela estava vivendo um filme do Harry Potter. Mas um assunto a incomodava mais a herança deixada pelo o seu avô antes da sua morte.
            Então ela decidiu ir atrás daquele banco, pegou a sua bolsa colocou dentro dela as cartas e a chave, mas sabia aonde ir primeiro ao banco Bristol em busca de respostas e de sua herança. Saiu do seu pequeno galpão de lá viu a moto do seu namorado Mark estacionada em frente do galpão, ela tinha a certeza que ele estava por perto. “E por que não pega a moto dele emprestada” pensou.
            Correu até a moto o motor estava ligado e a chave pronta para dar partida quando olhou para a direita viu o Mark no final da rua vindo à sua direção acenou e nesse momento ela subiu na moto e foi ao seu destino o banco Bristol.
            Quando chegou lá reparou na fachada tinha o grande nome do banco em preto, as paredes eram das cores azuis e amarelas para Kate parecia que tinha visto um turbilhão de cores, ela odiava o colorido. Ela estacionou a moto e entrou no sombrio banco. O espaço era apertado tinha três portas e um balcão com uma possível recepcionista ela era morena e parecia ser estrangeira Kate se aproximou e disse:
            -Oi, eu sou Kate Locky, eu vim fazer uma retirada. – Nesse momento a moça olhou bem para a Kate e sorriu.
            -Por acaso você tem a chave?
            -Sim, eu acho. – ela colocou a chave que veio na carta em cima da mesa.
             A moça pegou a chave e pareceu analisar parecia estar confiante que era apenas uma copia bem feita. Mas tinha motivo para isso ninguém apareceu para abrir o cofre dos Locky nos últimos 40 anos, ninguém sabia que ele tinha herdeiro legitimo com o nome Locky. A moça voltou a analisar a chave depois do que pareceu ter uma conclusão, volto-se para o interfone onde pareceu chamar alguém. Quando terminou de falar, olhou profundamente para a Kate e disse:
            -Bom, parece que a chave é verdadeira chamei um assistente para te acompanhar até o cofre. -Continuou a olhar para ela desconfiada.
            -Obrigada - disse Kate.
            As duas pareciam estar esperando o tal assistente uma olhava para outra com desconfiança, a moça fingiu voltar para o trabalho, olhando algumas folhas de papel e então falou:
            -Você é neta de Tom Locky?
            -Sim, por quê? - Perguntou Kate.
            -Nada - E ela começou a sussurrar- Cabelos negros, olhos verdes, branquinha lógico que ela é uma Locky, pare de ser burra.
            Kate olhou para ela tentando entender o que ela disse como ela só pode ser uma Locky ela sabia que era filha legitima o seu pai achava que a sua mãe o traiu e fez o teste de DNA e viu que Kate era a sua filha, mas ele ainda desconfia de traição apesar deles passarem muito tempo juntos. Ela tinha uma curiosidade surpreende então resolveu perguntar:
            -Você conhecia o meu avô?
            -Eu queria ter conhecido ele, poucas pessoas o conheciam, mas a minha mãe o conheceu nas paredes desse banco, ela tem fotos dele, você é muito parecida com ele.
            -Porque você esta sendo legal comigo agora, quando eu cheguei me tratou com ignorância?
            -Não sei, o nome Locky assusta a todos. E tratamos com ignorância o que assusta. – Disse a moça.
            A conversa pareceu acabar ali a atendente olhou para o lado e ficou assustada e disse:
            -Pode vim para cá!- E completou- O seu cofre é o 666, obrigado por ter vindo ao Banco Bristol.
            Kate se sentiu confusa quando olhou para a direita e viu apenas um anão com terno e gravata com o cabelo penteado e a barba feita. Kate olhou bem para ele e disse:
            -O que é isso?
            -O seu assistente. – Respondeu a atendente.
            -Você parece estar brincando comigo?
            -Não estou por mais que eu queira- sussurrou- Ah, Herbert leve ela para o cofre 666.
            O anão estava confuso com o numero do cofre olhou para a atendente e disse:
            -Marisa, você esta brincando, esta criança não pode ser do cofre 666 – Quando terminou de falar a tal Marisa entregou para ele a chave dos Locky- Bom, vamos lá.
            Kate seguiu o anão que passou por várias portas durante a trajetória, a imagem do banco foi ficando cada vez na obscura, parou em uma porta do seu bolso o anão tirou um chaveiro com varias chaves e encontrou a chave que ele estava procurando abriu a porta. Dentro do corredor tinha centenas de portas todas numeradas, a primeira porta tinha o numero zero marcada a segunda o numero 100 e assim seguindo a sequencia, Kate e Herbert seguram ate a porta de numero 600, Herbert pegou uma chave com o numero 600 gravado e abriu a porta, havia outro corredor infinito, as portas agora eram de aços maiores a distancia entre uma a outra cresceu ainda mais.
            Kate e Herbert caminharam lentamente até o cofre 666, no aço do cofre estava escrito FAMILIA LOCKY de forma machada no aço, Herbert olhou para Kate e pegou a chave dos Locky do seu bolso colocou na fechadura e abriu a porta. Herbert deu espaço para Kate passar primeiro dentro do cofre tinha apenas um grande baú de madeira, Kate pegou o baú pediu a ajuda de Herbert para carrega-lo, juntos levaram o baú ate a entrada do banco. Levaram o baú ate os assentos Kate se sentou, quando abriu o baú ela gritou:
            -Aiii... Ahhhh- Estava sentindo uma dor insuportável no pescoço no lado direito ela estava sentindo como estivesse sendo marcada.
            -Não acredito- gritou Herbert
            -Me ajude-Implorou Kate, mas Marisa e Herbert não podem ajudar.
            -Você esta marcada com a cruz não podemos ajudar- disse Marisa.

            -Você esta marcada- Repetiu Herbert.

ANTES

Há muito tempo atrás, existiu um bruxo muito malvado e perverso conhecido como Tom Locky ele nasceu na escuridão e com a morte que sempre o acompanhava.

Tom quando era  jovem conheceu Dani Seff, um jovem bruxo e lutador mágico. Ambos sabiam que a lenda dos Seffs era verdadeira. Eles se juntaram para terem em suas mãos o imenso tesouro dos Seff’s.

Segundo a lenda: O reino de Hastro no ano de 343 d.c estava em uma revolução o rei Dorian Seff , com medo de ficar pobre, roubou todo o dinheiro do reino e colocou na cripta da família que tem riquezas desde 86 a.C.

Segundo a lenda havia algo mais dentro da cripta, um livro que se esconde dos parvos há mais de dois mil anos. Dorian tinha dois filhos, que eram mestrados em magia, então pediu para os filhos que trancassem a cripta e fugissem para bem longe desse reino para não morrer.

A lenda diz que, elas trancaram com um feitiço, que somente aquele que procura o tesouro não para enriquecer ou para mostrar bravura e sim aquele que quer provar o seu valor, a sua honestidade e a sua força ao mundo teria o tesouro.

Quando a revolução acabou Dorian foi preso por conspiração e furto. As fadas com medo de ele revelassem os segredos sobre o mundo mágico, o torturaram até a sua morte. Seus filhos procriaram bem longe daquele reino perto da Alemanha e França onde construíram a sua família.

Tom e Dani inúmeras vezes tentaram conseguir o tesouro, mas não conseguiram. No Monte Everest o ministério de Hastro condena a morte de Tom Locky. Dani insatisfeito por não ter conseguido toda aquela riqueza teve a coragem de denunciar o seu parceiro e grande amigo com isso conseguiu uma recompensa de 10 milhões de dobrões de ouro.

  Depois, de preso Tom Locky, jurou vingança, para todos que lhe fizeram mal. E um dia o herdeiro dele irá acabar com Hastro coma sua ira e sede de vingança, e que os seus traidores sentiram tudo que Tom Locky sofreu na sua morte. Tom Locky morreu enforcado na praça central de Hastro e seu corpo foi sepultado em frente da mansão dos Locky, com uma mensagem cruel e inexplicável.

Ninguém entendeu a ameaça, pois não sabiam da existência do seu único filho e herdeiro legítimo, Cornelius Locky foi criado pela a sua tia, que colocou nele que o seu pai era a destruição de Hastro e de sua própria família, assim Cornelius foi criado com ódio e rancor de seu pai e sem saber quem era a sua mãe.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

APRESENTAÇÃO DA HISTORIA

AS CRÔNICAS DE HASTRO: O TESOURO DOS SEFFS


Sinopse:

Kate Locky vive a vida de uma adolescente com problemas, já foi pra um reformatório por algo que não fez, mas é culpada por isso.
No seu décimo quinto aniversário Kate devia iniciar uma nova vida em New Vicente, indo para o novo colégio e enfrentar a fama de delinquente. Mas antes que isso aconteça Kate recebe misteriosas cartas que falam dela e do, até então desconhecido, avô.
Na busca pela verdade ela descobre que não é normal, sim que é uma bruxa de uma das linhagens mais fortes.
Com tudo isso acontecendo na sua vida Kate ainda que terá que lutar contra a maldição que atormenta a sua família, e lutar contra os inimigos do avô.